"Ser psicanalista é simplesmente abrir os olhos para essa evidência de que não há nada mais confuso que a realidade humana".
(Jacques Lacan)
Quem sou?
Psicanalista, trabalhando há mais de 10 anos com o atendimento clínico – individual e casal. Atualmente me dedico ao consultório on-line, e em breve, também ao consultório físico na cidade de Florianópolis – Santa Catarina.
Formada em psicologia (Mackenzie) e psicanálise (CEP) e especializada em sexualidade (USP) e perinatalidade (SEDES).
Encantada pela complexidade das relações, do amor e da sexualidade. Amante da psicanálise e da potência que ela tem de ressignificar os processos da vida, e assim, aliviar seus sofrimentos.
Sempre fui apaixonada pelas palavras. E a psicanálise e as palavras andam juntas. Corrigindo o que se diz erroneamente por aí, ela não sai colocando a culpa dos nossos erros e fracassos nos pais - ou principalmente, nas pobres mães - mas ela vai justamente na direção contrária. Ela busca qual a sua participação na própria vida, resgatando o sujeito como ativo na própria história, e por isso a importância de se narrar tantas e tantas vezes (semanalmente ou mais), nas sessões de análise. É como um convite ao sujeito para se implicar em seu sofrimento, se responsabilizar pela sua parte no desenrolar da própria vida. Por isso é um processo profundo; o que antes parecia coerente ou racional, é posto em cheque. O sujeito se abre para duvidar, relembrar, se contar e se re-contar. O processo analítico coloca o sujeito para pensar no que foi feito a partir do que foi recebido. Se confronta com a própria história e suas significações. É buscar por trás das palavras, e através delas, novas possibilidades de sentido e de se viver. É reencontrar significados, é recontar a própria história e com isso, poder elaborar e aliviar sofrimentos. As palavras nos contam. Por isso a função de falar e se escutar: essa é a mágica de cada sessão. E você, o que (se) contou hoje na sua análise?
Clínica Individual
É importante começar dizendo que a terapia de casal abarca o atendimento de diversos tipos de relações, cujos arranjos podem ser dos mais variados, seja a parceria casada de papel passado ou não, morando na mesma casa ou não, mono ou poligâmica, homossexual, heterossexual, bissexual etc. Ela é um processo para pessoas que buscam rever, reavaliar e melhorar suas relações afetivas. Construir uma relação exige trabalho e comprometimento, e a terapia de casal é um lugar seguro poder falar, honestamente, do trabalho que cada um exerce dentro dela. Trabalho com a terapia vincular, que nada mais é do que o processo através da abordagem psicanalítica, e com isso, é importante que o casal esteja disposto a olhar um pouco para o passado. Sujeitos constroem seus relacionamentos com base em modelos antigos de outras relações, por isso é importante revisitá-las. Com o olhar voltado para as histórias do casal, é possível rever pactos - às vezes feitos sem nem mesmo se dar conta – refazer combinados, acordos, nomear coisas não-ditas (mas importantes), "passar a limpo" possíveis mal-entendidos... De maneira geral, pode ser uma revisão a respeito de como todo o laço foi construído ao longo do tempo em que o casal está junto. Como psicanalista de casais, uso a escuta para que o casal também se escute, se percebam em suas diferenças, e para que com elas, possam encontrar um lugar comum a ser construído junto. É difícil se relacionar, não podemos negar que esse é um desafio. Porém muitas vezes casais relutam ou sofrem por insistir em acreditar que o encontro perfeito tem que existir. Como já disse Freud, onde há afeto, há ambiguidade, e por isso, conflito. Então, não há encontros perfeitos, relações completas, mas acredito sim, que há a capacidade de transformação a partir do amor e dos relacionamentos – e junto com isso, também pode haver muitos momentos de prazer a alegria. Relacionamento é um trabalho que vale muito.